O que dizer sobre um primogênito? Como eu deixei claro nos agradecimentos, escrever um livro não é uma tarefa fácil, principalmente quando é o seu primeiro. Existe tanta insegurança e expectativa entrelaçada no seu peito há tanto tempo que você simplesmente se torna uma massa contraditória disforme de desespero e esperança.
Nem sei mais se estou fazendo sentido.
O fato é: existem pessoas de verdade lendo meu livro, no momento. Tudo que consigo pensar a respeito disso é: *insira aqui um dos sons incompreensíveis que a Cardi B. emite de vez em quando*.
É tão surreal que meu estômago chega a embrulhar. No primeiro dia em que uma leitora me chamou na dm do Instagram, eu quase comecei a chorar. Não chorei de verdade, mas fiquei sorrindo feito uma demente por horas. Não tem jeito de impedir a sensação de que você vai implodir a qualquer momento. Um elogiozinho de nada te leva pra maldita atmosfera terrestre. Uma crítica pode de jogar com força no fundo do poço.
Não cheguei nessa parte ainda, mas tenho certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vou ter que enfrentá-la.
Safira é uma personagem cheia de defeitos. Tenho certeza que muitas pessoas não vão gostar dela. Tenho certeza que alguns vão. Nem mesmo eu gosto dela o tempo todo. A garota é impulsiva, inconsequente, fechada e ligeiramente agressiva.
Safira tem muito de mim.
Acho que é assim que funciona com os primeiros filhos, certo? Você acaba moldando ele à sua imagem, mesmo sem querer (mas eu não teria como saber, nunca tive um filho de verdade). Assim como uma criança, é estranho pensar que algo que você criou está livre e solto no mundo. Qualquer um(a) pode olhar pra ele e julgar sem conhecer, ou julgar mesmo conhecendo. Opiniões nunca são coisas simples ou padronizadas quando se tratam de pessoas desconhecidas, ou de pessoas que não vão se importar com seus sentimentos. Com o trabalho que você teve, com as noites que você não dormiu, com as unhas que você roeu (eu não faço isso, mas com certeza não julgo quem faça. Acho que dá pra entender o conceito de nervosismo quando se fala nele).
Porém, apesar de tudo... Eu fiz com carinho. Fiz com paixão. Fiz com cuidado. Escrevi um livro que eu mesma teria gostado de ler. Criei personagens que eu gostaria de conhecer na vida real. Inventei um lugar no qual eu (relativamente) acharia interessante viver.
Vocês sabem, sem o machismo estrutural, as bestas sanguinárias e a caça às bruxas, Ultha seria um reinozinho legal para passar as férias.
Ou não.
Você decide.
Safira de Prata já está disponível na amazon e no kindle unlimited.
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Com amor,
Laura.
Sinopse:
Tudo que Safira Erklare deseja é deixar seu passado em sua vila pacata para trás, mas a jovem acaba tendo seu mundo virado de ponta cabeça depois de uma noite que habitará seus pesadelos pelo resto da sua existência. Ela agora é uma licantropa: uma criatura com a capacidade de se transformar em um lobo, e precisa se adequar ao seu novo lar, uma alcateia cheia de feras territoriais. No entanto, a garota aparentemente é uma loba submissa que não se transforma — fraca, mansa e descartável, ela se tornará uma presa fácil para a matilha de bestas rivais caso não aprenda a cuidar de si mesma. Sua única opção é treinar com Howl Vowen, o capitão da guarda de sua alcateia, filho mais velho e herdeiro do alfa. O rapaz é rude, inexpressivo e tão caloroso quanto um pedaço de pedra, mas Safira se vê obrigada a colaborar com ele quando os dois descobrem que um lobo desleal vem passando informações cruciais sobre a alcateia para o inimigo. Em meio a uma teia de ameaças, intrigas e conflitos internos, ambos terão de aprender trabalhar juntos antes que seja tarde demais, ou poderão pôr tudo a perder — seja perder o que começaram a sentir um pelo outro ou perder inúmeras vidas inocentes num massacre que vem durando há décadas.